sexta-feira, 17 de julho de 2015

Você sente saudade ou tem obsessão pelo 'ex'?

Entenda a diferença



  • Algumas pessoas não conseguem digerir a frustração amorosa, buscam uma reconciliação, vigiam as redes sociais do "ex" e começam até mesmo a persegui-lo
Há diferentes formas de encarar uma rejeição amorosa. Algumas pessoas, dotadas de boa autoestima e capacidade de resiliência, transformam o fim em recomeço. Em vez de guardar e alimentar rancor pela antiga paixão, filtram as lembranças e procuram guardar somente os momentos bons na memória.
Outras, no entanto, não conseguem digerir a frustração amorosa. Recusam-se a aceitar que a relação acabou, desenvolvem um sentimento de posse pelo "ex" ou pela "ex" e não conseguem e nem querem esquecê-lo.
Telefonemas e e-mails implorando por uma reconciliação, vigília nas redes sociais e até na porta de casa ou do trabalho são algumas atitudes típicas. Mesmo que o outro deixe bem claro que não há chance de volta, não tem jeito: a pessoa desenvolveu uma obsessão, comportamento que pode atrapalhar todas as esferas de sua vida.

Motivos que levam à obsessão

De acordo com a psicóloga e terapeuta de casais Triana Portal, o perfil mais comum é o de quem sofreu várias perdas, decepções amorosas em série, traições, mas, principalmente, falta de amor dos pais na infância. "São indivíduos que apresentam uma estrutura emocional frágil, com baixa autoestima, carência e insegurança", afirma.
Segundo a psicóloga Raquel Fernandes Marques, as obsessões também estão relacionadas à ansiedade criada em resposta a uma situação muito estressante, esmagadora e dolorosa.
De acordo com ela, uma frustração amorosa, uma família desestruturada ou ambientes de trabalho nocivos podem causar excesso de ansiedade. "A pessoa pode ficar comprometida emocionalmente e tentar buscar uma saída para fugir dessa realidade. Sendo assim, a obsessão se associa a um desejo intenso e à necessidade de preenchimento dessa privação".
Para sobreviver ao fim da relação, há quem crie um mundo irreal, com fantasias que preencham esse vazio. Em vez de seguir em frente, a pessoa passa dias e noites pensando em seu "ex", fazendo perguntas aos amigos, ouvindo músicas ou lendo bilhetes de quando estavam juntos.

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